Essa pode não ser a minha melhor poesia, mas até a data de hoje é a minha predileta. Por alguma razão, ela me lembra a canção “What a Wonderful World‘, do Louis Armstrong. Inclusive, eu acredito que ela é bastante capaz de virar música, eu sinto sua melodia, só basta algum(a) cantor(a) inspirado(a) fazer a gentileza – a única coisa que eu pediria seria para intitulá-la com outro nome: MAGNÍFICA. Nem sequer cobraria direitos autorais. Pode ter certeza! Agora, um fato curioso desta composição é que citei vários animais, menos o camaleão – vai entender…

Enfim, pelo exposto, ela merece ser abertura dos meus posts poéticos:

 

A NATUREZA ⠀
(Thúlio Jardim, 05/01/2009)⠀

 

“Eu vejo rosas vermelhas
Sob um céu de manto azul
E árvores verdes
Sobre um chão coberto de marrom ⠀

Eu vejo borboletas coloridas
E pássaros a voar
Muitas crianças divertidas
Numa praça a brincar ⠀

Eu vejo a inocência e a beleza
De um bebê no seu chorar
E sei que ele aprenderá, com certeza,
Muito mais do qu’eu possa ensinar ⠀

Oh, que coisa magnífica ⠀
É a natureza!⠀

A gente cresce, amadurece
Qual uma fruta
Que as poucos se desgarra
De um grande vegetal ⠀

E, em pouco tempo, perde
Aquela candura
Desatando as amarras
De ser sempre um colegial ⠀

E é nesta fase
Que a gente reluta
Não quer crescer
Para não ser uma pessoa adulta ⠀

Mas isto é inevitável
Não se ignora
Cedo ou tarde, com nossa curiosidade,
A gente abre a Caixa de Pandora
E a velhice vem… ⠀

Mas não pensemos nisso
Olhemos em nossa volta
Vejamos como o ambiente é bonito
Esqueçamos o mal nesta hora ⠀

Seja feito, então, um compromisso
De ser visto só o que presta
Para não nos tornarmos aborrecidos
Observemos que a natureza é esbelta ⠀

Oh, e que coisa magnífica ⠀
É a natureza! ⠀

Eu vejo os peixes de um aquário
Tão lindos de apreciar
E as plantas aquáticas
Por horas sou capaz de contemplar ⠀

Olhando para o céu e o sol
Meus olhos se ofuscam
Com a chegada do arrebol
As nuvens se afogueiam ⠀

E observo uma gaivota
No seu planar admirável
Demonstrando-se tão santa
Parecendo tão intocável ⠀

Oh, que coisa magnífica ⠀
É a natureza! ⠀

E eu vou pelo meio da estrada
E acabo me deparando com um cavalo
Dá-me uma vontade louca de cavalgar
E que incontrolável! ⠀

E continuando a trilha
Vou sem deixar pegadas
Não quero que me sigam
Sou uma pessoa solitária ⠀

Mais adiante avisto
Uma onça pintada
E só pela mão de Cristo
Pode ter sido desenhada ⠀

E mantendo os olhos atentos
Ando sempre nesta caminhada
Para encontrar o que desconheço
Vou além da alvorada
Vou além… ⠀

E, na madrugada,
As estrelas se anunciam
Enquanto a lua tímida
Nas nuvens procura um abrigo ⠀

Eu vou vendo, ao raiar do dia,
Flamingos quase se beijando
Formando um coração lindo ♥
Num contorno rosa e tanto! ⠀

Oh, e que coisa magnífica ⠀
É a natureza! ⠀

E o pavão colorido
Acendendo em nós o encanto

Assim como o albino
Demonstra-se tão elegante… ⠀

Abrem as penas
Numa singularidade tremenda
Um transferidor em meia lua
Criam para a nossa surpresa ⠀

Só faltou encontrar um leão
Para tornar a viagem completa
Com aquela juba que só ele tem
E o rugir que à distância se contempla ⠀

Oh, que coisa magnífica ⠀
É a natureza!”⠀⠀